O Grito - Edvard Münch.
Caros Leitores,
Essa imagem é um desejo a todos aqueles que não podem gritar, pelas mais diversas razões.
Há porém certas pessoas no mundo - ainda não descobri se estas são as fracas, as fortes, embora suspeite que tais classificações sejam irreais - cujo grito não se submete ao corpo; ele se transfigura.
Cito Jesus Cristo como um desses: seu grito transubstanciou-se.
Alimenta-nos o seu grito; alimenta-nos a sua sede e fome de grito.
Existem tais gritos sociais - que partilhamos em comunhão e em silêncio.
O silêncio também torna-se grito, quando machuca a alma, porque não é consumado.
....
Gritos quotidianos também sufocam. Gritos não deleitados tornam-se prisões.
A distância é a ausência do grito; assim como a indiferença é o grito que se desfarça, por não ser conveniente.
Hoje, se pudesse, gritaria por todos aqueles que não podem gritar;
não havendo tal possibilidade....distancio-me, refugio-me na indiferença...Mas rezo.
(esse post é dedicado a meu amigo Tiago dos Santos Pires que não deixa de gritar. Dedico-0 também a mim, numa espécie de grito egoísta de auto-incompreensão...rs).
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