Queridos Leitores...
Antes de tudo, visitem o blog "pseudo histórias de amor"...uma leitura encantadora e tocante; a imagem e o título inspirador desse post foram "capturados" de lá...confiram!
Tocada por esta imagem, um banco no meio de uma praça (pode ser a praça de qualquer uma das nossas cidadezinhas mineiras...), bom, imagino uma praça particular...uma praça central rodeada de lojas fechadas, um famoso posto
de gasolina, repúblicas, escadarias, bares sem portas nos banheiros, cachorros adormecidos nas esquinas...um mundo silenciado pela madrugada que se iniciava naquele momento. Havia alí casais às escondidas em meio a confusão solitária dos passantes alcoolizados, esquecidos...
De repente o tempo parou, como numa fotografia.
Era madrugada; talvez outubro de um ano qualquer...quem sabe 1975, quem sabe dia 6. Quem sabe, vestígios de uma festa qualquer. Sim...a fotografia é a máquina do tempo; é a única invenção humana capaz de nos transportar para o nosso baú de histórias infinitas e efêmeras. Invejo os fotógrafos. Por isso os odeio.
Pois bem; num lapso de segundo, resgatado por uma fotografia, que poderia ser a deste banco que vos é apresentado, me vem a mente que entre tantos casais, um em particular, sentado no tal banco, existiu no mundo, em um determinado instante.
O jovem casal, por motivos justos, não podia ser visto, ainda - embora já o fosse por outros ohares e outras vias - ; não havia ninguém, naquele momento petrificado, capaz de entender o que ambos faziam alí, semi-alcoolizados, semi-apaixonados, arriscando-se, pubicamente sentados no banco daquela praça central. Tiraram-se os óculos. "Melhor não enxergar os transeuntes?" riam...E assim...sem muitos porquês, nascia mais uma pseudo história de amor.
Quantos bancos não carregam em sua matéria as lembranças desses casos? lembranças daquelas falas, daqueles namoros, daquelas promessas....
O que seria dos apaixonados se tais bancos tivessem vozes para alertar-nos de que o amor é fugaz, incoerente, efêmero; e, simultaneamente, uma antítese disso.
Se os bancos falassem....
sofreríamos menos e isso, a longo prazo, causaria um desequilíbrio mundial: o que seria da humanidade sem o sofrimento? O que seria das duplas sertanejas, dos alambiques e fábricas de bebidas alcoolicas? o que seria dos padres, psiquiatras, psicólogos, curandeiros, benzendeiros? das senhorinhas que leem tarôt, das prostitutas, do site "vaidarcerto.com.br"? o que seria do Paulo Coelho e do Manoel Carlos?
Se os bancos falassem, o que seria das pseudo histórias de amor, e da saudade que elas deixam?
(quando os enamorados recolocam os óculos, ou, os trocam por lentes de contato...e o segundo pertificado se esvai, dando início a um novo dia...).
Se bancos falassem, a coisa ia pegar é fogo! Isso sim...
ResponderExcluircara...gostei desse post!! já li 10 vezes....pena que ninguém comenta, então eu me auto-comento! rsrsrs
ResponderExcluirOlá! Aqui é a Melodia, do Pseudo Histórias de Amor!
ResponderExcluirQue bom que você gostou do blog... As minhas pseudo histórias andam me tomando tanto tempo, que nem estou conseguindo postar mais nada...
Ainda assim, fico feliz e agradecida pela referência!
Abraços!
Oi moreninha!!!
ResponderExcluirmt legal o texto... pqp!!! Se escreve mt bem, não sei pq, talvez por minha imensa e descarada pretensão, vejo Clarisse Lispector nesses escritos... mas reconheço: não sou autoridade para afirmar isso, porém é mt bom ver a moreninha nesses versos... q bela!!!
ósculos e amplexos