sábado, 26 de junho de 2010

Mulheres, Blimundas e Bipolaridade Musical

* Foto de Nelson Afonso. Lua.

Querido Leitor Estupefato....
O meu humor musical desta tarde está bipolarmente saudável; oscilando entre o céu, o inferno, entre o céu...e entre o inferno - maquiavelicamente.
Tal atributo misterioso, não o da oscilação de humor leitor, mas sim, o da oscilação musical, é fruto de uma constante em determinados tipos de mulheres: mulheres que são capazes de enxergar o que há por de dentro da casca, tal qual Blimunda de Saramago, em O Memorial do Convento. Certas mulheres têm a capacidade de enxergar aquilo que os olhos não nos mostram passivamente; enxergam pele adentro, rasgando-nos as roupas, as almas, os pensamentos....as verdades.
Acho que todas as mulheres têm esse dom, embora nem sempre saibamos usá-lo bem.
Quando não o usamos, permanecemos num céu de doces sentimentos e palavras...gestos e tranquilidades; usando-o, contudo, surge-nos um pedaço de inferno, tornando-nos ainda mais "Blimundas", ainda mais interessantes, misteriosas, e, porque não, ainda mais musicais.....
- TPM?
- Aff...Pode ser Capscioso Leitor!
- Está chata Sofia?
- Chata não, leitor...chatinha, talvez, e muito exigente, sobretudo...
Exigente com o mundo.
Mas o fato é: música é aquilo que me move...e sendo assim, compartilho com vocês, leitores, as minhas escolhas para esta interessante e musical tarde de sábado....
Entre o céu....
...e o Inferno!
...porque toda mulher traz em si um vestígio de bipolaridade não patológica....charmosamente e sensualmente falando.....
Até mais tarde!


* Foto de Fernando Portela. Freira.

Altar Particular
(Maria Gadú)
Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal
E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós
Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser

* Foto de Joaquim Baldaia. Moda.

Like A Stone [Audioslave (OBS: EU AMOOOO ESSA MÚSICA!!!!!!SOU EU!!)]

On a cold wet afternoon
In a room full of emptiness
By a freeway I confess
I was lost in the pages

Of a book full of death
Reading how we'll die alone
And if we're good we'll lay to rest
Anywhere we want to go

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone

On my deathbed I will pray
To the Gods and the angels
Like a pagan to anyone
Who will take me to Heaven?

To a place I recall
I was there so long ago
The sky was bruised, the wine was bled
And there you led me on

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone, alone

And on I read
Until the day was gone
And I sat in regret
Of all the things I've done

For all that I've blessed
And all that I've wronged
In dreams until my death
I will wonder on

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone, alone

Nenhum comentário:

Postar um comentário