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"O amor...será eterno novamente
É o Juízo Final, a história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer..."
(Nelson Cavaquinho - Juízo Final).
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É o Juízo Final, a história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer..."
(Nelson Cavaquinho - Juízo Final).
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Tenho tido a sensação do não-vivido, isto é, tempo perdido. Após um período de extremo stress, involuntariamente sucumbi a um tempo "inertico", onde não é preciso fazer escolhas, apenas encaixar-me no que já está. Tudo me foge, tudo está além - das regras de ortografia mais usuais até o senso de humor que já não é o mesmo; além do terrível sentimento de não ter um lar, um lugar onde se esconder da chuva. Todos os lugares onde estou não são meus, há um limite de liberdade entre eu e o sofá da sala - o que existe na imaginação - uma falta de gratuidade para as coisas mais obivas, fatidicamente "Não tenho onde morar, sou toda dividida".
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Também a estranheza do amor. Amo por teimosia, por desacato, por gosto. Ás vezes não amo, minto e sigo assim. Em outros momentos, a raiva do não dito transborda fazendo de mim pedra, algum ser inóspito e não polido. É quando por falta de certeza ele chega, numa carruagem dessas de abóbora: O amor. Amo sem saber porquê, e o medo de perder é tão grande...Mas ainda assim tenho o incomodo daqueles que, ao não saberem amar bem, preferem amar a si mesmo, por soliedariedade e orgulho. Finjo que não amo para variar.
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Insatisfação crônica. Todas as coisas do mundo fora de lugar, como se - diante do juízo final - minha única saída fosse a de esperar pelo número da salvação. Qual seria, contudo? Um número sonhado, uma data intuída, um animal. Confio na sorte por desconfiar daquilo que tenho ou poderia ter. Aborto uma série de sonhos pela preguiça em mudar a mesa de lugar e tomar as rédias de qualquer coisa que seja. Dentro de mim, sinto-me como um gelo que derrete AOS-POUQUINHOS. Passaria a vida inteira dormindo se houvesse sonho; insone, caminho.
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Prazer. Sinto prazer na felicidade alheia. Como se o universo fosse repleto de filhos e filhas que não tenho e a cada conquista desses, faço-me protagonista pelo desejo compartilhado. É irônico. Quanto mais possibilidades, mais a certeza de que estou cada vez mais longe do que realmente quero, Q-U-E-R-E-R alguma coisa ou a alguém.
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A palavra engasgada. Falta-me memória pras coisas, falta-me jeito pra escrever. Escolhi a profissão errada - penso muitas vezes. Encarnei no corpo que não é meu. Não tenho jeito.
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Aí me vem uma vontade de cozinhar um camelo; aprender a dirigir e a respirar. Poder comprar um sofá em doze prestações e cortar o dedo dez vezes. Amar ou Envanecer. Conspirar a favor do mundo. Dançar até que a morte nos separe.
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Também a estranheza do amor. Amo por teimosia, por desacato, por gosto. Ás vezes não amo, minto e sigo assim. Em outros momentos, a raiva do não dito transborda fazendo de mim pedra, algum ser inóspito e não polido. É quando por falta de certeza ele chega, numa carruagem dessas de abóbora: O amor. Amo sem saber porquê, e o medo de perder é tão grande...Mas ainda assim tenho o incomodo daqueles que, ao não saberem amar bem, preferem amar a si mesmo, por soliedariedade e orgulho. Finjo que não amo para variar.
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Insatisfação crônica. Todas as coisas do mundo fora de lugar, como se - diante do juízo final - minha única saída fosse a de esperar pelo número da salvação. Qual seria, contudo? Um número sonhado, uma data intuída, um animal. Confio na sorte por desconfiar daquilo que tenho ou poderia ter. Aborto uma série de sonhos pela preguiça em mudar a mesa de lugar e tomar as rédias de qualquer coisa que seja. Dentro de mim, sinto-me como um gelo que derrete AOS-POUQUINHOS. Passaria a vida inteira dormindo se houvesse sonho; insone, caminho.
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Prazer. Sinto prazer na felicidade alheia. Como se o universo fosse repleto de filhos e filhas que não tenho e a cada conquista desses, faço-me protagonista pelo desejo compartilhado. É irônico. Quanto mais possibilidades, mais a certeza de que estou cada vez mais longe do que realmente quero, Q-U-E-R-E-R alguma coisa ou a alguém.
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A palavra engasgada. Falta-me memória pras coisas, falta-me jeito pra escrever. Escolhi a profissão errada - penso muitas vezes. Encarnei no corpo que não é meu. Não tenho jeito.
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Aí me vem uma vontade de cozinhar um camelo; aprender a dirigir e a respirar. Poder comprar um sofá em doze prestações e cortar o dedo dez vezes. Amar ou Envanecer. Conspirar a favor do mundo. Dançar até que a morte nos separe.
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