segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Rainha de Copas.


* Foto de Raquel Pellicano. Rainha de Copas.

* Humor: Beirut...

Em um jogo de Cartas, quando se joga com todo baralho, me foi dado jogar com a Rainha de Copas.

Esperei trinta e duas rodadas, mas não foi encontrada outra carta que me representasse tão bem.

Tentei persuadir em vão meus amigos de jogo:

Alegavam, todos eles, que a "Dama de Copas" era, dentre as quatro Rainhas, a carta fundamental, por desempenhar um papel ambiguo naquela rodada: Começo e Fim.

Cansada de tamanha covardia, abandonei o jogo sem Naipe, sem Dama, sem Rainha...

...E quase sem Coração.

Mas sonho todo as noites o mesmo sonho, o mesmo jogo, crônico Copas.

Habituei-me ao arranjo de Cartas.
À Rainha que se é.

Falta-me, contudo, descartar o excesso de Naipes...
Excesso de Copas que se aglomeram nas minhas mãos...
À espera do Eu-Rainha.

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