quinta-feira, 15 de setembro de 2011

- TRANSFORMA!

*Rolling on the flor. Foto de Victor de Almeida.
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"Água mole em pedra dura,
tanto bate até que
cansa."
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Querido leitor do maior blog-piranho de Viçosa,
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Recebi esse elogio-adjetivo de um amigo que se referia assim ao Sofia..."É...o seu blog é o do menino-piranha de Viçosa: de vez em quando um post sobre relacionamento ou uma coisa séria; mas, na maioria das vezes um 'aí galera, bora pro leão?' ". Fiquei muito feliz com essa espécie de "reconhecimento", até porque também gostaria de que o Sofia fosse ainda mais "da piranhagem": tenho saído muito pouco de casa, divertido-me escassamente...tenho sofrido do mal universal de se ter "muita coisa na cabeça".
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Muita coisa na cabeça tipo: família...(minha avó doente, alguns desentendimentos em casa...), grana (falta de), trabalho (preciso de mais um), futuro profissional (preciso estudar, decidir uma série de coisas, concentrar-me e focar no que de fato quero: querer...), vida afetiva (preciso de mais amor próprio).
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Seria legal se a vida fosse uma espécie de jogo "transforma" 24 horas, como no vídeo abaixo:
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Sem rumo?
Voz dos céus: - Transforma!
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Sem trabalho?
Voz dos céus: - Transforma!
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Sem sexo?
Voz dos céus: - Transforma!
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Sem uma pessoa legal que te ame de verdade?
Voz dos céus: - Transforma...
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Então, em questão de segundos, tudo se resolveria sem demasiado esforço e complexidades.
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Tenho sentido falta de uma série de coisas leves: não-complexas. As festas universitárias de Viçosa já não me preenchem mais, salvo os botecos, claro, mas ainda assim estes não são mais os mesmos...(vide Leão, por exemplo, em breve um post especial sobre isso a pedido de uma leitora). Gostaria de fazer outras coisas, ir a um bom cinema com mais frequência, boliche, karaokê, rever amigos. Durante toda a adolescência e início de juventude, amigos e eu tínhamos o costume de nos encontrarmos nas casas um-do-outro, passando a noite em claro à luz de violão, voz e vinho (nem sempre dos bons...). Aliás, já pelas bandas de cá tínhamos o costume de fazer isso, após as reuniões da PJ. Era tudo muito divertido...jogávamos cartas...(UNO, Mal-Mal - os dois únicos jogos que "domino", além daqueles que se aprende na infância com as tias), Los Hermanos até às cinco da madrugada, risos desmedidos.
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Estou desbotada. Fomos ao Rio de Janeiro, mas não nos encontramos - sol e pele.
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Quero fazer uma viagem: para Argentina. Procurando por pacotes razoáveis, vi que é uma viagem bastante viável, desde que eu tenha um trabalho fixo, para não depender de segundos e terceiros para fazê-la. "Iremos no ano que vem" - penso com meus botões, mas às vezes a vontade é tão grande - a de evaporar - que prefiro acreditar numa pedra que encontrarei pelo meio do caminho, quem sabe hoje à tarde.
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Sobre a vida afetiva: Após alguns acontecimentos, não tenho mais certeza se quero um namorado neste momento, um relacionamento sério, devido as minhas circunstâncias. Ao mesmo tempo, o medo de perder a pessoa de quem gostamos (seja lá o que isso signifique no momento) às vezes nos faz insistir no nulo, no vazio, como águla mole que bate, mas termina ainda mais mole, por fim, quase oca de tanto bater.
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Penso que o amor é a melhor coisa do mundo, talvez a mais importante. Gosto de amar, porque amplio uma série de olhares, amo por tabela uma série de outras gentes, músicas, livros, filmes. Até mesmo o sofrimento que o amor possibilita, quando dentro de uma "medida", tem lá os seus benefícios: torna você mais vivo, passível de transformação, conectado com a vida e as pessoas. Contudo, bom mesmo é amar em par, em sintonia: porque quando "a coisa" destoa, só mesmo o tempo para consertar, seja para bem ou para mal e este é um problema que sempre me acomete, a falta de paciência para o tempo e as resoluções que a ele compete.
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A grande merda do amor é o excesso de confiança. Acredito que para amar bem é preciso de um pouco de "desconfiança" e medo, porque te fazem sempre novo, sempre menino aos olhos do outro. Caso contrário, ao ter a certeza de que não perderemos o "parceiro", iniciamos o terrível ciclo do "papo de surdo-mudo": de um lado, fala-se demais (se é exaustivamente chato, pedante); e, por outro, escuta-se de menos (se é ausente, frio, às vezes cruel). Começam-se os desencontros, os defeitos que superam as qualidades, as problematizações e toda chatice que isso traz. Não há mais leveza, senão adivinhações: "tenho que ligar agora...ou...", "tenho que ligar esse celular...ou", "não vou falar isso...ou", "não vou perguntar isso...ou...".
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Uma merda.
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Às vezes, esperamos uma postura do outro que não vem. Talvez por falta de compreensão, tato - o que é normal, pois até mesmo os casais mais harmônicos são pessoas completamente diferentes na individualidade (o que é ótimo). Mas em certos momentos, isso nos acontece por falta de jeito, falta de saco, vontade. Como saber?
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Meu amor precisa de um tradutor google: só os óculos para a cegueira congênita não bastam mais.
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Quero mesmo é um tempo pra mim.
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- TRANSFORMA!
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Quero mesmo é um tempo para nós dois.
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- TRANSFORMA!
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Quero mesmo é um t....
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- TRANSFORMA!
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...um Tablete de Halls com Vodka!
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BOM DIA!
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JOGO TRANSFORMA (p/ quem não sabe do que estou falando):


2 comentários:

  1. Adorei, pricipalmente a parte que fala "A grande merda do amor é o excesso de confiança..." e tbm gosto dos barbixas!!rs

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  2. e não é??? kkkkkk excesso de confiança e intimidade...aff

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