sábado, 3 de março de 2012

A namorada

*menina sem nome. Foto de Paulo Augusto Patoleia.
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Há tanto tempo não namorava (seriamente), que já havia me esquecido como funcionam os contratos entre casais. Em menos de um mês já me vejo cometendo os mesmos erros e com aquela sensação péssima de "isso não vai dar certo".
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Por quê?
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Porque antes de qualquer coisa, ser meu namorado requer ser meu amigo, o que requer, ainda por cima, paciência de Jó para os tempos coléricos como os da semana que se encerra hoje. Conto tudo a meus namorados - o bom e o ruim - porém, o problema é que me excedo no ruim, torno-me extremamente chata como o sou com meus amigos mais próximos.
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A gente pensa que muda, que cresce com os relacionamentos anteriores - e sim, o fazemos, mas há coisas que sempre ficam.
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Não vou falar aqui abertamente do meu namoro, mas acho que posso escrever sobre algumas coisas que sinto, caso contrário não teria mais serventia essa porcaria de Blog. Sinto-me insegura e com a sensação de que depois de tantas peripécias desaprendi a namorar e a acreditar nas pessoas. Faço planos a longo prazo, família, casa, cachorro, time de futebol, mas no dia a dia continuo a mesma chata, a mesma drumoniana que não sabe o que será.
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Queria levar as coisas com mais tranquilidade, mas o fato é que, se não bastassem as circunstâncias, já tão difíceis, sou uma pessoa difícil.
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Não sou carinhosíssima, mas aprecio companherismo. Se perto, ver a pessoa todos os dias. Se longe, ter a liberdade de ligar todos os dias pra dizer ...."como cozinho essa salada de batatas com cebolas e nao sei quê?".
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Não sou de todo ciumenta. Acho algumas mulheres gostosas e compartilho comentários. Mas, quando cismo com alguém, não há santo a ser esculpido que nos valha: é uma vaca e ponto e deve permanecer aonde está - LONGE.
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Sinto saudades de conversar....gosto de conversar....sobre coisas pequenas e desimportantes, como o melhor método de se organizar uma prateleira de livros. Gosto de contar tudo ao namorado, que se torna assim mártir em vida ao depender dos meus devaneios. Admiro casais cuja cumplicidade converte sacrifícios em projetos comuns.
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A pior coisa do mundo é começar um namoro com prazo datado para o fim. Antes não começar. Há uma seara de gentes interessantes por aí que necessitam amor, enquanto finge-se amor. Não é o caso, mas se fosse, não suportaria.
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Namorar é como um casamento. É compromisso. Se não é pra ser assim, sexo casual e pegação geral estão aí pra isso, namorado não é sinônimo de felicidade.
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Quero que dê certo. Vinícius, o do "seja eterno enquanto dure", teve 11 esposas.....imagina só! Assim é muito fácil escrever um soneto de fidelidade.
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Nada é para sempre. Mas o importante é quando se pensa junto, quando se olha na mesma direção. Qualquer coisa diferente disso não é namoro, mas sim dois corpos que se encontraram fatidicamente por aí e, por excesso de escolha, desistiram de escolher.
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Boa Noite aos namorandos e desnamorados.

2 comentários:

  1. Olá moça bonita, que andava sumida da blogosfera, senti falta das tuas postagens durante tuas férias, pelos posts recentes vi que foram ótimas...

    Gosto da forma com que você se abre em seus textos, eu queria ter coragem de fazer o mesmo, mas acho que não sairia coisa boa, a minha vida está bem menos interessante ultimamente, pois é acho que preciso reaprender a namorar e a curar os calos gerados pelas namoradas de outrora... Torço para que tudo de certo no teu namoro, que ele seja de fato eterno! Beijo grande!

    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/

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  2. J. Bruno, muito obrigada!!! Boa sorte pra ti tambem!!!!

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