Três rompimentos - ou três desilusões - em uma mesma data. Marcada apenas pela diferença de meses; a primeira seguida por outras duas subsequentes, um ano depois.
A perda da esperança,
A perda da ilusão,
A perda da inocência.
A mulher pensava, tristemente: "o que será dela?". Sem amigos, sem um companheiro, sem um apoio que a acompanhou ao longo de tanto tempo. Sem aquela mediunidade infantil que a acompanhava nas horas de aflição, quando sozinha ao voltar para a casa, durante a madrugada, precisava adivinhar qual o caminho a seguir que lhe trouxesse menos apelos.
Não haverá livro, não haverá tese, não haverão bicicletas e nem crianças brigando para usar o novo Tablet, esse de última geração. Porque não haverá gerações. A fonte está esgotada.
Há, no entanto, um piano invisível perdido em algum lugar do mundo.
A mulher perdeu a sua rota. Nunca mais será encontrado, o objeto, enquanto a melodia ecoa, ecoa e ecoa, como um mantra esquizofrênico e enrudecedor, para um coração mais de três ou quatro vezes partido.
Se soubéssemos do futuro, mudaríamos o passado?
Lindo, lindo...embora doloroso (e esse filme, essa música!Ambos são referências que adoro). Quanto à pergunta da derradeira linha, tenho a suspeita que se soubéssemos do futuro não daríamos sequer mais um passo. Melhor que ele seja misterioso e passível de ilusões.
ResponderExcluirBeijos
Obrigada pelo comentário, minha amiga. Ando com um severo bloqueio de escrita, e cada vez mais pessimista em relação a questões pessoais e sociais (vide a tragédia desse Golpe e suas ramificações...). Difícil acreditar, não acha? Concordo com você: se a vida nos viesse com um um spoiler sobre a vida adulta, quantos de nós já teríamos desistido no meio do caminho, deve haver alguma razão ou desrazão para isso! Continue escrevendo e preenchendo esse mundo apático com beleza e poesia! Um beijo!
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