sábado, 3 de junho de 2017

ANOMALIAS DO HOJE

 Fonte: Google.


Queridos leitores (vocativo recente dessa vez),

A minha proposta para o post de hoje é apenas a de flashes - anomálicos do meu dia. Não é preciso compreender, apenas sentir. Boa leitura!

I.

Minha mãe está novamente aqui de visita. Na ausência de fazeres, rompi o meu pacto com os Santos, Anjos e Exús: Graças pela metade merecem devoções à mesma medida. Portanto, voltei ao botequim dos meus amigos senhores, os quais sempre se surpreendem com a minha visita. Dois maços de cigarro e um vinho tinto seco. Para ela e para mim. Ela bebe delicadamente; já eu sou dada às vontades. Bem. Na mediação da compra, visto que não havia o maço de minha preferência, aceitei o conselho de um gracioso senhor e optei por outro de quase mesmo sabor. O clímax não está nisso. Após que o senhor da casa colocou dentro de uma só sacola minha garrafa de vinho junto aos demais maços, eis que surge a fala magnífica do outro gracioso senhor, que me compreendeu em poucos segundos e em tão poucos olhares:

- Mas uma sacola só? Bote duas, oxe! Vai que essa merda arrebenta! A vida já é difícil, já é uma merda, bote uma sacola a mais pra facilitar a vida da moça. 

Caro senhor de nome desconhecido, cujos olhos não tornarei a ver. Obrigada pelas duas sacolas, essencialmente necessárias. Tu me entendeste. O resto do mundo não. Vida longa tenha, gracioso senhor, acima dos setenta que parece já estar. Uma sacola não serve de nada, quando se necessita de duas ou três. Quis pedir, mas me envergonhava tamanha exigência.  Estou grata pela empatia. Nunca (nunca) te esquecerei.

II.

Após o vinho, outra amiga que me abre os olhos. Quiçá a última. Por que não abre, a si mesma, teu grande coração? Será o peso dos infortúnios? Ah... Não aceito esquivas para a falta de fé. Ontem uma palavra. Hoje seu contrário. Não aceito falta de fé. Amém nós todos.

III.

Hoje tive a grande alegria de, finalmente, após anos de renúncia, voltar a um lugar comum: Comprei o meu ingresso para o show do Hanson em BH! O jogo, no entanto, virou. Se o planeta Terra me pagar as dívidas que comigo tem antes do dia 09 de junho, vou também ao show de São Paulo. Desde lá, afirmo que nas datas em questão sofrerei de caganeiras e crises renais. Pouco importa o salário que perderei. Amor legítimo morre é nunca e mira: Já se passaram mais de dezoito anos. Amor legítimo não morre. É o que tento explicar, mas poucos me escutam. Tudo bem. Não tenho a moral da fala respeitada. Sou a louca de Guimarães. Ainda, quem ri por último ri melhor. Aos jovens que me leem: Não percam a inocência! Não confiem nas mazelas do mundo! O mundo é mau. Contudo, nossas verdades independem dele.

IV.

"(Desculpa mandar de novo. É que no risco de vc tê-la deletado, possa ler ainda. Até). Deixe a marquinha azul , ao menos." Após uma longa espera, notei por descuido a marquinha azul. Terá compreendido tudo o que disse, minha Milana Bonita? Ou a partir de hoje passará a me bloquear sem marcas? Afinal, que importa? Quando te conheci nem existiam tais redes sociais. Apenas as redes humanas, onde nos perdemos e nos encontramos, cada qual com sua coragem e espanto. Não mudarei por ti. Mudarei o combinado, assinado e tido como testemunha o vento, um tablerone e a mesma grama de sempre. Mudo de país mas não mudo de ideia. Faça tu o que queiras. Minha consciência está tranquila. Até...

V.

Sou ótima professora de Literatura, mas peco nas regências verbais. Vós me perdoais, leitores? Falta-me tempo para as revisões de texto. Levo o meu dia de leve, no vai e vem das facilidades, na exaustão das dificuldades vividas. Perdoais, leitores? Sinto preguiça, mas tenho qualificação! Busqueis o meu lattes e comproveis!

VI.

Desde que me apresentei como solteira nas redes sociais, há um número infinito de meninos menores de idade tentando me adicionar no Facebook ou demais. Desculpem, crianças: Tenho espírito e cara de vinte, mas já passei dos vinte e oito. Não busco novos amores, só velhos. No entanto, quando meu rumo mudar, espero que me venham os de 25 a 45. Sessenta? Só o Chico Buarque! Setenta? Minha exceção é o Anthony Hopkins, muito bem casado e muito bem distante.

VII.

Minha Milana Bonita! Até os apelidos seriam outros. Falta-nos, ainda, a minha última (deveras) pergunta.

VIII.

Sempre temos uma trilha sonora. Porém, a minha parou na última canção. Tão minha. Nova musa. Nova voz: Tem pena d'eu. Poderia ser uma oração, se houvesse mais Santos Sabiás. Por hora, ouço-a sempre no repeat:




IX.

Ora! Eu não me apego em lembranças. Eu transvaloro. Mas danço na música que me é dada. Posso ser sincera? Só amor basta. Sem teimosia e sem apego. Muito em breve este Blog será extinto ou entrará em recesso. Tudo morre para renascer (ou morrer, se fosses um chato). Por hora, um ou dois versos do mesmo cabra: "O amor não precisa de memória, não arredonda, não floreia: faz forte estilo. E fim."  /  "Amor é sede depois de se ter bem bebido." / "O verdadeiro amor é um calafrio doce, um susto sem perigos." / "O amor? Pássaro que põe ovos de ferro." / "Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."/ "Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se." (Todas de Guimarães Rosa). Mas olha: Aceito abaixo-assinados!

X.

Melhor pecar por excesso que pela falta. Acredita?
Tá bom.

XI.

Queria ter alguém como eu para contar coisas sobre mim. Lembrou-me uma música:



Eu
Pato Fu
  
"Eu queria tanto encontrar
Uma pessoa como eu
A quem eu possa confessar
Alguma coisa sobre mim

Quando acontece um grande amor
Assim como você e eu
O tempo passa por nós dois
Não lembro o que aconteceu

Queria tanto encontrar
Uma pessoa como eu
A quem eu possa confessar
Alguma coisa sobre mim

Mas nem por isso eu vou ficar
A questionar os erros meus
Você precisa procurar
Achar o que você perdeu

Queria tanto encontrar
Uma pessoa como eu
A quem eu possa confessar
Alguma coisa sobre mim

Eu queria tanto encontrar
Uma pessoa como eu
A quem eu possa confessar
Alguma coisa sobre mim"

...
Tá bom, Tá bom! Boa Noite!

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