quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Desfumando e Orgias!!!

*Cigarros que dão saúde. Foto de Lenita Nabais.

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Querido Leitor,
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Estou morta! Participei da Semana Acadêmica de Letras da Ufop e cheguei de madrugada muitíssimo cansada. Hoje dormi o dia todo; já havia tempos que eu carregava comigo dias de muito stress, desde a preparação do DNJ (ainda escreverei sobre ele, não esqueci, viu??!) de modo que me faltava um dia para que pudesse me desligar de tudo e de todos.
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Bem, o dia foi hoje. Tive sonhos muito estranhos...psicodélicos, o que me mostra que não estou mesmo habituada a descansar...minha mente não pára, mesmo quando durmo...e isso não é bom!
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Amanhã tenho que dar aula às dez, xerocar inúmeras coisas para o meu feriado literário.
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Estou um pouco amarga.
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Talvez irei ao Leão hoje em busca de riso para me nutrir. Estou uma péssima pessoa, além de amarga; quase pálida, senão oca.
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Não sei porque, mas desde que voltei de Matipó (DNJ) perdi o jeito e a vontade de fumar. Após uma fase de quase um maço por dia, atualmente, o cigarro tem me dado nojo... não é estranho?
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Não sei se foi mandinga de mãe... ou de sapo cururu na beira do rio!
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De qualquer forma, vamos esperar para ver o que acontece.
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Eleições 2010.
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- Por que o Sofia não escreve textos políticos??
Seria uma boa, porque....etc....etc..etc.....
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Bem queridos.
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O Sofia não escreve textos políticos porque ele não sabe; se soubesse, o faria com prazer. Ainda assim, afirmo que meu voto é Dilma, para os interessados de plantão. Talvez escreva sobre isso ainda esse fim de semana.
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Tudo dependerá de como estará minha lua!
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Para relaxar, coloco aqui o fragmento de um poema "erótico" do Bernardo Guimarães (sim! aquele da Escrava Isaura!!) com o qual me identifiquei...haha!
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Boa Noite oca a todos!
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RAINHA

Já no ventre materno fui boa;
Minha mãe, ao nascer, eu matei;
E a meu pai por herdar-lhe a coroa
Eu seu leito co’as mãos esganei

Um irmão mais idoso que eu,
C’uma pedra amarrada ao pescoço,
Atirado às ocultas morreu
Afogado no fundo de um poço.

Em marido nenhum achei jeito;
Ao primeiro, o qual tinha ciúmes,
Uma noite co’as colchas do leito
Abafei para sempre os queixumes.

Ao segundo, da torre do paço
Despenhei por me ser desleal;
Ao terceiro por fim num abraço
Pelas costas cravei-lhe um punhal.

Entre a turba de meus servidores
Recrutei meus amantes de um dia;
Quem gozava meus régios favores
Nos abismos do mar se sumia.

No banquete infernal da luxúria
Quantos vasos aos lábios chegava,
Satisfeita aos desejos a fúria,
Sem piedade depois os quebrava.

Quem pratica proezas tamanhas
Cá não veio por fraca e mesquinha,
E merece por suas façanhas
Inda mesmo entre vós ser rainha.

(A Orgia dos Duendes - Bernado Guimarães).



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